sábado, 10 de setembro de 2016

DOZE ÁLBUNS INCRÍVEIS DE ARTISTAS BRASILEIROS NÃO TÃO CONHECIDOS (MAS QUE, COM CERTEZA, MERECEM UM PLAY)

Eu sempre tive a curiosidade como amiga e é por causa dela que sempre quis descobrir coisas novas além do que eu já sabia. 
Então desde que me entendo por gente - e graças a Internet - venho catando coisas novas na área de música, de livros, de filmes, e, eu não sei você, mas eu sinto uma alegria difícil de traduzir quando eu escuto, leio ou assisto alguma obra não tão conhecida e me apaixono desesperadamente. O mérito não está no fato da obra ser pouco conhecida, mas sim de que, por ser pouco conhecida, meu coração e sentidos experimentam, por si só, o prazer de ter algo verdadeiramente belo sem a influência de alguém ou algo ditando o que é ou não bom artisticamente.

E nessas andanças nesse mundo magnífico que é a internet, conheci estes músicos que irei agora compartilhar com você, adiantando logo que a lista não está em ordem de preferência (seria difícil demais para mim). 
Posso dizer, com certeza, que a maioria desses artistas não possuem contratos com gravadoras, não tiveram tanto incentivo financeiro para produzirem seus discos, mas fazem o que fazem de forma sincera e autêntica.

p.s.: Existem álbuns aqui que não escutei mais de uma vez, mas mesmo não cabendo dentro de meu gosto pessoal, são surpreendentes por oferecem muita beleza e qualidade. 

1. Varandeiro (2014) - Guilherme Scardini

Varandeiro é um EP lançado no ano de 2014 do músico e estudante de arquitetura Guilherme Scardini. Contendo 6 músicas tendo como base instrumental o violão, percussão e voz, o disco faz jus ao título ao trazer um clima de familiaridade com quem o aprecia, quase como se estivéssemos ouvindo as histórias de Scardini enquanto tomamos um café na varanda de sua casa.

Músicas que Thai indica: Fim de Tarde; O Absurdo; Eu vim do Céu.


2. Então Morramos (2013) - Simonami




O nome da banda curitibana formada por Lilian e Lay Soares, Jean Machado, Alexandre Spiacci e Luis Fernando Diogo é bem peculiar e tem significa "Sim, meu amigo" em francês, e ao mesmo tempo é uma homenagem a um estrangeiro amigo chamado Simón da banda que incentivou o trabalho dos curitibanos, significando também "Simon, ami" ou Simón, amigo. Que doce esse duplo significado, não? E talvez doçura seja o que se pensa sentir ao ouvir o som dessa banda, mas engana-se quem pensa que está prestes a ouvir algo leve; este álbum da banda, que infelizmente anunciou uma pausa sem data para retorno no ano passado, é algo extremamente doloroso e preciso. Simonami nos conta histórias tristes de forma doce, aliás, quem disse que a dor não pode ser bela?

Músicas que Thai indica: Fantasma; Janela; Pedido ao Pássaro.





3. Pronto pro mundo (2015) - Daniel Caldeira



Não tem aqueles discos que cada vez que se ouve, mais se entende algo novo, mais se sente e mais se descobre um verdadeiro mundo de significados? Este segundo disco de carreira do músico carioca Daniel Caldeira pode definir muito bem estas sensações. O que está aqui é reflexão pura, desconstrução pura, sinceridade pura... A sonoridade do álbum (que se diferencia bastante do primeiro disco Azularanja) traz influências do indie da banda Phoenix e até da psicodelia da Tame Impala. Não tem como sair indiferente. 

Músicas que Thai indica: Pronto pro mundo; Meu coração é um dragão; Não Sei.


4. The Mozões (2015)The Mozões



A primeira coisa que eu senti ao ouvir o som dessa banda foi a sensação de estar entre amigos, e talvez seja essa a grande sacada do coletivo The Mozões, uma banda de indie do estado de Alagoas: fazer música despretensiosa entre amigos. E não é que o resultado ficou genial?
Não dá para não se envolver, se deliciar e se sentir numa praia ensolarada do nordeste com esses caras. 

Músicas que Thai indica: Júlia 2; Amor, agosto; Sombra.



5. Suave Dança (2013) - Israel Costa


Mais um presente do nordeste, dessa vez do Maranhão é este EP de 2013 do músico Israel Costa contendo 7 faixas cheias de acordes bem tocados que vão desde bossas à canções confessionais carregadas com doses grandes de rock alternativo e psicodelia. 

Músicas que Thai indica: A última música; Smooth Dance; Under Tree Song.




6. Totem (2015) - Gui Sales


Esse é um dos EP's que a gente escuta e fica por horas querendo chorar por dentro do tanto que é tocado. É este sentimento que me inunda toda vez que escuto Totem lançado no ano passado por Gui Sales. As músicas são viscerais e trazem o mais fino do que pode ser considerado indie folk e folk-pop. 

Músicas que Thai indica: Piscine Molitor; Ninho; Com quem se quer casar.



7.  EP Live Session (2016) - Flortilha em Alta-Terra



Flortilha em Alta-Terra é um daqueles projetos inusitados que resultam em obras verdadeiramente lindas. Formada por músicos dos estados de Pernambuco e Paraíba, a banda gravou o EP Live Session, que como o próprio nome denuncia, é o registro ao vivo. 
O som é minimalista e cheio de poesia, mostrando as influências do folk e nova-mpb de Phill Veras e Rubel com autenticidade própria (e sem deixar de lado o sotaque). 

Músicas que Thai indica: Kaé; Aqueles que caminham pelo vento; Me acreditar. 


8. Sobre estar vivo (2012) - Philip Long 



Philip Long é uma daquelas descobertas de música profunda e extremamente bem produzida que a gente se pergunta como que não tem tanto reconhecimento. Este álbum poderoso do artista é o último da sequência de quatro álbuns no ano de 2012 (sim, quatro álbuns), sendo o primeiro completamente em português, já que o  restante é composto em inglês . O repertório traz sete músicas que versam sobre a busca de sentido no primitivo, do que nos faz humanos e, sobretudo o que nos motiva a continuar sobrevivendo em meio a tanta desumanidade em melodias grandiosas de folk minimalista. Simplesmente lindo!

Músicas que Thai indica: Raízes no Quintal; Ciclo Natural;  Amálgama.




9. Quebra Azul (2013) - Baleia


Talvez seja o som mais difícil de ouvir e entender dessa lista. Seja pela grandiosidade instrumental, seja pelos arranjos inusitados de violinos, guitarras, percussão e vocal, ou pelas letras altamente rebuscadas, a banda carioca de som alternativo (quase experimental) com nome inusitado não pode passar despercebida nessa lista. Talvez seja uma das mais conhecidas da lista por ter tocado no Lollapalooza ano passado e ter recebido críticas positivas quanto sua perfomance  e sonoridade.  
O disco de estreia Quebra Azul traz oito faixas densas e doses de abstração e senso contemplativo. 

Músicas que Thai indica: Casa; Motim Despertador. 



10. Miocárdio (2016) - Barro 



Miocárdio é o primeiro disco do músico Barro, eu o conheci recentemente através de sugestões de amigos. O clima do disco mescla o som alternativo com raízes pernambucanas com influências do rock setentista recifense, música latina, brega e o que pode ser considerado rock tropical.

Músicas que Thai indica: Vai. 



11. Graveola e o lixo polifônico (2014) - Graveola e o lixo polifônico


Graveola e o lixo polifônico (que nome diferente, não é?) é uma banda brasileira de Minas Gerais, que mistura sons tipicamente brasileiros com ritmos inusitados produzindo um som único. Neste álbum em específico, o que há de mais brasileiro é imprimido em 13 músicas que vão do samba até o tango e valsinha. Uma riqueza!

Músicas que Thai indica: Dois lados da Canção



12. Limbo (2014) - Rua do Absurdo


Rua do Absurdo é uma banda recifense que particularmente me traz impressões que vão do estranhamento a reflexão. O som dos pernambucanos é bem parecido com o que a banda Baleia produz no sentido de choque causado pela complexidade de seus arranjos e letras, por isso também é extremamente difícil de ouvir. Não dá para definir o estilo da banda, mas arriscaria dizer que bebe muito do que chamam de psicodelia nordestina.

Músicas que Thai indica: Dança a um fim; Ortopedia.



E você, tem mais alguma sugestão de álbuns ou artistas desconhecidos do grande público, mas que merecem reconhecimento? Comente aqui embaixo! 


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